RO Manchete, 12/08/2011 02h40
Agências bancárias não cumprem as leis que limitam em até 30 minutos o atendimento aos consumidores, o que torna uma simples visita a instituição financeira em um verdadeiro tormento. Além do o longo tempo de espera na fila, quem precisa do atendimento presencial dos bancos ainda enfrenta o cansaço e o stress.
Para tentar ser um dos primeiros, o agricultor Henrique dos Santos viajou mais de 100 km de Cacaulândia para Ariquemes. Ele chegou às 7h, mas mesmo assim vai ter esperar para ser atendido. “Quando eu cheguei já tinha gente aqui desde as 5h da manhã”, conta.
Para tentar organizar a entrada daqueles que chegaram primeiro, as agências bancárias distribuem senhas, antes mesmo de o atendimento ser iniciado. Medida que não resolveu o dilema da professora Ocileide Teixeira.
Era 8h30 quando ela conseguiu uma senha com previsão para ser atendida às 12 horas. “Isso é um absurdo. Eu estou aqui para esperar na fila pelo meu filho que está trabalhando e não pode perder o dia de serviço. Como que fica quem precisa trabalhar”, indaga.
A revolta de Henrique e Ocileide se deve ao descumprimento de leis que garantem o atendimento do consumidor em até 30 minutos, em dias normais. A espera só deve ser um pouco maior, de 45 minutos, após os feriados, quando em tese há serviço acumulado para ser realizado nos bancos.
Vários clientes que esperavam para ser atendidos e muitos desconhecem os seus direitos. É o caso da dona-de-casa Rosinalda Brás. Ela chegou antes da abertura da agência na esperança de poder ser atendida e depois realizar uma consulta médica. “Eu não sabia que tem limite de tempo pra ficar na fila do banco, porque isso é um desrespeito”, afirma.
População deve denunciar abusos
A dúvida de boa parte dos consumidores é a quem recorrer para denunciar os abusos cometidos pelas agências bancárias. Um dos caminhos para ter o direito a um atendimento rápido nos bancos é o Programa de Defesa do Consumidor (Procon).
O primeiro passo é comprovar o tempo de espera na fila do banco. Para isso, o cliente deve guardar a senha retirada ao chegar à agência, pois nela fica gravado o dia e horário em que começou a espera pelo atendimento. Também é preciso certificar o horário em que foi finalizado o serviço, que pode ser obtido com a certificação eletrônica de um simples pagamento, que também grava o dia e hora da realização do procedimento.
Com os comprovantes de entrada e saída do banco, o consumidor pode mover uma ação para a reparação de danos, sem a necessidade de ter uma testemunha.
É preciso denunciar
O gerente do Procon em Ariquemes, Roni Pigozzo, explica que muitos atendentes são orientados a recolher as senhas, para dificultar a comprovação do horário de chegada dos consumidores. “A senha é um documento de propriedade do consumidor. Nós já notificamos aos bancos de Ariquemes para que não façam essa prática”, lembra.
Pigozzo também ressalta a importância dos usuários de bancos denunciarem as práticas abusivas cometidas pelas instituições financeiras. “Exercendo o seu direito, o consumidor pode ajudar a resolver esse que é um problema crônico. A população não pode se calar e achar normal ficar horas e horas na fila de um banco”, finaliza o gerente do Procon.
Tabela: Limite de tempo para atendimento nos bancos
- De segunda a sexta-feira: 30 minutos
- Após feriados: 45 minutos
Fonte: Lei Municipal de Ariquemes
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